O que aconteceu com a gente, adultos? Quando ficamos com esse medo que, às vezes, nos invade completamente? Que diante do menor desafio automaticamente em nosso cérebro vem o medo do fracasso?

Houve um tempo em nossa vida que enfrentávamos desafios todos os dias. Não tínhamos medo do fracasso. Tentávamos uma, duas, dez, vinte, cinquenta vezes se fosse preciso. Desistir não fazia parte do nosso vocabulário, até porque este também estávamos em formação.

Caímos e levantamos

Refiro-me à época em que éramos crianças. Especialmente no primeiro ano de vida. Pense comigo: a cada dia era um desafio. Aprender a sentar, a pegar, a falar. Quantas vezes nós caímos ao tentar andar?

Eu não me lembro e você provavelmente também não. Mas com a ajuda de quem nos criou podemos relembrar, nós um dia, meio que cambaleando, conseguimos dar nossos primeiros passos e tenho certeza que um sorrisão estava estampado não somente em nossa face mas como nas de nossos pais.

Por isso volto à questão inicial: onde foi parar essa coragem intrínseca que nasceu conosco?

Temos que nos reprogramar

Claro que com nosso crescimento o conhecimento e a maturidade vão nos direcionando e nosso cérebro, o órgão que dita as ações que fazemos, vai se configurando cada vez mais.

É aí que está chave da questão: como configuramos nosso cérebro durante os anos que vivemos e diante das situações que enfrentamos, das frustrações que tivemos, das alegrias e conquistas. Como o nosso cérebro foi se “automatizando”?

O cérebro tem essa característica de automação. Um exemplo é quando vamos aprender a dirigir. Nas primeiras vezes sofremos com tanta coisa pra fazer ao mesmo tempo. Ligar o carro, pisar na embreagem, engatar a marcha, soltar a embreagem e pisar no acelerador, enfim, parece um processo complicado. Mas depois que pegamos a prática fazemos todas essas coisas no automático.

Como seu cérebro está configurado   

Essa automação pode servir para o bem ou para o mal. Aqui insiro uma pergunta: Qual o seu mindset? Mindset é exatamente a programação que fazemos em nosso cérebro e como fazemos essa programação.

O conceito de mindset já vem sendo trabalhado há tempos, mas ganhou destaque recentemente com a teoria desenvolvida pela pesquisadora de Stanford, Carol Dweck, autora do livro “Mindset”.

Na publicação Dweck destaca que nós temos dois tipos de mentalidade (ou mindset)  e somente uma leva ao sucesso. Em resumo: ou você tem uma mentalidade fixa ou uma mentalidade de crescimento progressivo.

Qual o seu mindset?  

Uma pessoa com a mentalidade fixa é aquela que possui as chamadas “crenças limitantes”. Acreditam que podem ir até determinado limite e não suportam nem a possibilidade do fracasso.

Já as pessoas de mentalidade de crescimento acreditam que com o aprendizado, seja ele com a vitória ou derrota, êxito ou fracasso, sempre podem tirar algo de proveito da situação.

Mude o seu mindset

Claro que você é a única pessoa que tem  a condição de mudar sua mentalidade. Lembre-se daquele velho ditado: “Se a vida te der limões, faça uma limonada”.

Quando acontecer alguma adversidade na vida pessoal ou no trabalho, em vez de pensar no que de ruim pode acontecer, pense na solução. Pense no que você pode aprender com essa situação e crescer. Mesmo que tenha sido um total fracasso. Veja essa frase:

“Errei mais de 9.000 cestas e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes finais de partidas fui encarregado de jogar a bola que venceria o jogo… Falhei. Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida e é exatamente por isso que sou um sucesso”. Michael Jordan.

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